Programa “Territórios em Rede” chega a Eldorado do Carajás, Bom Jesus do Tocantins, Parauapebas e Canaã dos Carajás (PA)
O programa “Territórios em Rede”, que atua no combate à exclusão escolar, foi ampliado em novembro para quatro novos municípios paraenses: Eldorado do Carajás, Bom Jesus do Tocantins, Parauapebas e Canaã dos Carajás. Parceria da Fundação Vale com a Cidade Escola Aprendiz e as prefeituras locais, a iniciativa está presente também no Espírito Santo e em Minas Gerais, totalizando agora 10 municípios. O projeto também conta com os parceiros investidores Wheaton Precious Metals, Komatsu e Keda nos muncipos do Pará e GHT em Serra, no Espírito Santo.
Com duração média de dois anos, o Programa faz parte da estratégia de desenvolvimento social dos municípios, que tem como foco o direito à educação. Para isso, as equipes identificam crianças e adolescentes de 4 a 17 anos que estão fora da escola ou em risco de evasão. Após a identificação, as crianças são matriculadas na escola, ou reinseridas. As equipes do Programa fazem acompanhamento para garantir que os alunos tenham a frequência regularizada. As estratégias de atuação são feitas por meio de um diagnóstico aprofundado dos desafios e na articulação entre políticas públicas de educação, assistência social, saúde e a rede de proteção à infância em geral, além de secretarias municipais.
Os números mostram o avanço do “Territórios em Rede”: em novembro, foram identificadas 358 crianças na Serra e em Marabá que precisavam de incentivo do Programa. Houve 355 visitas domiciliares e 88 contatos telefônicos. No ano, a ação registrou 2.869 crianças identificadas nos dois municípios. Além disso, de janeiro a setembro, 2.072 crianças foram inseridas no sistema educacional.
Busca ativa
A diretora executiva da Fundação Vale, Pâmella De-Cnop, lembra que a evasão escolar se tornou ainda mais desafiadora em 2020. “Tivemos um ano de medidas de distanciamento social e a suspensão das aulas presenciais. Nesse contexto, a Fundação Vale trouxe para municípios do Pará e para o Espírito Santo, o Territórios em Rede. Um projeto piloto que tem como objetivo identificar e, a partir do diagnóstico, enfrentar as causas da exclusão escolar. Tudo isso através de parcerias que envolvem o poder público e setores não governamentais. Esperamos contribuir para que jovens e crianças, em idade escolar, tenham acesso ao direito a uma educação pública e de qualidade”, destaca.
Natasha Costa, diretora da Associação Cidade Escola Aprendiz também reforça que a busca ativa escolar se converteu, no contexto da pandemia e do pós-pandemia, em uma das agendas prioritárias do direito à educação no Brasil. “Muitas crianças, adolescentes e jovens ficaram afastados das atividades escolares durante esse período e sabemos que, quanto maior o tempo de afastamento, mais frágil é o vínculo dessas crianças com a escola e mais difícil se torna a retomada”, comenta.